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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Ghost in the wires: my adventures as the world's most wanted hacker
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 8576087057
Editora: Alta Books
O dom de quebrar barreiras e driblar medidas de segurança apareceu cedo na vida de Kevin. Ele lembra que deu um jeito para fugir do próprio berço com um ano e meio de idade. E os primeiros anos de vida não foram fáceis.
O pai de Kevin abandonou a família quando ele tinha três anos. Com isso, teve que se mudar, com a mãe, Shelly, para as proximidades de Los Angeles. Ela trabalhou por muito tempo como garçonete, enquanto o pai morava em outro estado e fazia poucas visitas.
Foram muitas mudanças de casa, o que fez Kevin cultivar poucos amigos. Ele ainda sofreu abuso psicológico e sexual de um dos três maridos da mãe, que não fez vista grossa e expulsou o agressor.
Nos momentos de lazer, Kevin sempre foi ligado a atividades sedentárias. Mesmo hiperativo, não era de praticar esportes. Preferia enganar os colegas com mágicas e truques, além de ser hábil com matemática.
De família judia, Kevin se viu quase obrigado a celebrar o bar mitzvah, numa das poucas vezes em que discursou, lendo a Torá em frente
uma congregação. Estudou numa escola hebraica e chegou a ser afastado por vadiagem, levando a mãe a contratar uma professora particular para não prejudicar o seu aprendizado.
Steven Shalita foi a primeira pessoa a mudar a vida de Kevin. Foi com ele o primeiro contato com a invasão de linhas telefônicas. Ainda muito jovem, Kevin começou a aplicar pequenos golpes invadindo companhias de telefonia celular, até encontrar um grupo entusiasta da prática. O autor chegou a invadir os sistemas da escola para mudar as próprias notas.
Entre os primeiros hackeamentos, Kevin aprendeu a encontrar números telefônicos fora das listas, burlar sistemas das companhias telefônicas e coletar informações sobre amigos, professores, amigos dos amigos e desconhecidos.
Quando foi detido pela primeira vez, passou a maior parte do tempo na biblioteca do presídio, dedicando-se à leitura de livros jurídicos para entender as brechas possíveis no próprio processo. E a vida de hacker fez com que conhecesse Bonnie, com quem se casou depois de pouco tempo de relacionamento.
Fora do universo hacker, a pessoa mais próxima de Kevin era seu meio-irmão Adam. Ele vivia com o pai em Los Angeles, com quem brigava frequentemente. Adam chegou a apresentar outros hackers para Kevin.
Em 1992, foi o pai deles quem ligou preocupado com o desaparecimento de Adam. Foram dias de angústia até encontrarem o corpo do irmão no banco de passageiros do próprio carro, estacionado numa área conhecida pelo tráfico de drogas. Por mais que os dois tenham crescido separados, Kevin não engoliu aquela história, pois conhecia os hábitos do irmão.
A morte de Adam reaproximou pai e filho, que não sossegaram até descobrirem juntos que a overdose foi causada por outra pessoa. Um trauma que mexeu com Kevin, que dali em diante passou a tomar ainda mais cuidado com o mundo hacker.
Passamos da metade deste microbook para mostrar que depois de muitos hackeamentos e contatos com outros criminosos cibernéticos, Kevin soube que agentes federais começaram a monitorar cada passo dado por ele depois de prenderem e coletarem materiais no apartamento de Mark Austin, hacker com quem Kevin mantinha contato.
Então, ele ousou e fez um pedido para o oficial de condicional para passar o Dia de Ação de Graças com a mãe e a avó, mesmo sabendo que estava prestes a ter decretado o pedido de prisão por ainda atuar como hacker e até viajar para fora dos Estados Unidos sem autorização da justiça.
Depois do feriado, Kevin foi morar sozinho, longe de todos os familiares, sem manter contato com ninguém e usando uma identidade falsa. Isso não era muito difícil para quem estava acostumado a burlar sistemas.
O hacker chegou a trabalhar em escritórios de advocacia, em que os funcionários não sabiam de sua verdadeira identidade. Nessa época, Kevin vivia apreensivo. A vida de um foragido da justiça não é nada romântica, ao contrário do que os filmes de Hollywood fazem parecer. Finalmente, Kevin foi preso em 1995 e ficou detido por cinco anos.
Para que Kevin fosse preso, uma operação muito bem pensada foi realizada pelo FBI, entre escutas, rastreamento, muita vigilância e planejamento. Quando saiu da cadeia, no ano de 2000, uma das condições era não poder ficar próximo a computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos.
Hoje, ele é constantemente chamado para comentar sobre assuntos envolvendo segurança e vigilância eletrônica, além de atuar como consultor de segurança em empresas que não querem ser vítimas de invasões, como as que o moveram e encheram de adrenalina por anos e anos.
É incrível pensar que uma pessoa que viveu com o propósito de fazer invasões a sistemas seja tão importante de ser ouvido, especialmente em tempos tão tecnológicos quanto os atuais. Kevin nos mostra o quanto os passos que deu na vida de hacker tem raízes desde o começo da vida. E essa renovação depois de sair da cadeia deixa claro que é preciso valorizar os talentos, para eles não serem cooptados pelas más intenções.
Quando Kevin começou a realizar suas invasões cibernéticas, o mundo não era tão hiperconectado como agora. Hoje, são as redes sociais e os smartphones que nos hackeiam. Para fugir dessas invasões, ouça o Minimalismo digital e busque uma relação mais saudável com a tecnologia.
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Com uma família disfuncional, Kevin encontrou no universo hacker um lugar no mundo e ficou famoso por seus feitos no âmbito das invasões cibernéticas. Hoje, é convidado para par... (Leia mais)
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